Em uma viagem à Libéria, país da África Ocidental, para visitar a família de sua namorada, o fotógrafo britânico Conor Beary decidiu aprender mais sobre o lugar que estava visitando. Ele ficou intrigado com os feiticeiros que viu em Monróvia, a capital da Libéria. "Comecei a reparar nesses caras que ficam na beira da estrada, eles têm essas grandes folhas pintadas que dizem a todos quais doenças eles podem curar", disse Beary. "Eu vi um cara, desci do carro e perguntei se podia tirar uma foto dele, e foi aí que tudo começou."
As viagens de Beary o levaram às profundezas do mato, onde ele conheceu feiticeiros, demônios dançantes e outros praticantes de juju. Antigamente o sistema de crenças dominante na Libéria, o juju faz parte de alguns sistemas tradicionais de crenças. África Ocidental religiões e incorpora feitiços, amuletos e bruxaria à prática religiosa.
"Os feiticeiros são os caras que não estão usando fantasias", explica Beary. Os feiticeiros trabalham para curar pessoas que acreditam ter adoecido por causa de bruxaria. "Os caras fantasiados são chamados de demônios dançantes e são artistas mascarados que encarnam seus demônios e divindades tribais individuais."
As imagens de Beary revelam uma janela para uma comunidade que, raramente vista por pessoas de fora, trabalha para manter vivas suas tradições mais antigas. Apesar da natureza controversa das crenças juju, ele quer deixar suas fotos abertas à interpretação.
"Não sei o suficiente sobre as comunidades ou o juju para poder fazer comentários como especialista", diz Beary. "Não estou interessado em dizer nada em particular ou emitir opiniões sobre os assuntos. Não posso dizer a você se é real. Minha única ambição era documentar o que estava diante de mim. Quanto mais fotos eu tirava, mais eu aprendia."
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